"Ruby Sparks" começa com uma premissa interessante para criar uma história que é muito profunda. Diferentes pessoas vão ver esse filme de maneiras muito diferentes.

A ideia é a seguinte: Paul Dano interpreta Calvin, um autor que escreveu um grande sucesso quando era mais jovem, mas não tem produzido nada significativo desde então.  Frustrado, deprimido e sem nenhum amigo de verdade para falar, ele deu uma atribuição por seu psiquiatra a escrever uma história sobre alguém que o atende, enquanto ele está andando com seu cão. 

A história é sobre uma menina chamada Ruby Sparks. Sua personagem consome completamente o homem, até que um dia Ruby (Zoe Kazan) materializa fora do ar como uma mulher real.

Com esta premissa, você poderia ir em um monte de diferentes direções e como o filme se desenrola explora um monte deles. Às vezes a relação que Calvin e Ruby têm é puro êxtase. Ela foi escrita como sua namorada, para que ela se manifesta já loucamente apaixonada por ele. Em outros momentos, Calvin se sente como um valentão, manipulando e forçando Ruby para ser a mulher que ele quer que ela seja através da expansão no manuscrito que descreve sua personagem. 

Às vezes, a Ruby se sente como uma pessoa tri-dimensional mais do que seu criador e, por vezes, o fato de que ela é artificial realmente se mostra. Não é que o filme é inconsistente, é que Ruby realmente se sente como uma mulher que foi concebida em uma semana e colocada em um mundo onde as pessoas crescem e mudam a cada dia. 

Às vezes, "Ruby Sparks" joga como uma comédia romântica doce, um sonho tornado realidade para os personagens principais. Em uma cena diferente, o quadro torna-se verdadeiramente assustador como algumas das implicações de uma vida real Pygmalion são exploradas.

As performances são ótimas e os personagens são memoráveis. Antonio Banderas tem um pequeno, mas divertido papel como o padrasto meio hippie de Calvin e observe o contraste entre os dois personagens. O irmão de Calvin Harry (Chris Messina) desempenha um grande papel na história e insere algum humor sempre que ele está na tela. Ele garante alguma leveza muito necessária para equilibrar os momentos de escuridão e é muito bom no que faz. 

Paul Dano brilha no seu papel, mas a verdadeira jóia é Zoe Kazan. A principal razão pela qual ela lançou-se no papel (sendo o escritora da história) pode ser simplesmente porque ela tinha essa visão de si mesma quando ela estava escrevendo o personagem, mas ele realmente funciona. Ela olha a parte como uma mulher que é atraente, mas não muito atraente para ser irrealista e ela é o tipo de garota simples, mas corajosa.

Eu recomendo ver "Ruby Sparks" pois é um dos melhores filmes "indie" de todos os tempos